DIABETES

DIABETES

# O QUE É

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica crónica, caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia). A doença desenvolve-se por alterações do metabolismo de hidratos de carbono, proteínas e gorduras devido à produção insuficiente de insulina e/ou resistência nos tecidos do nosso organismo.


# Existem tipos diferentes de diabetes?

São 3 os tipos principais de Diabetes:

- Diabetes Tipo 1:
Também conhecida como Diabetes Insulino-Dependente é mais rara (a sua forma juvenil não chega a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianças ou jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos. Na Diabetes do Tipo 1, as células ß do pâncreas deixam de produzir insulina. Existem várias causas, mas a base da doença está relacionada com uma resposta auto-imune que provoca uma destruição maciça das células beta (produtoras de insulina). 

- Diabetes Tipo 2:
A Diabetes Tipo 2 é o tipo mais comum de Diabetes e está directamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação errados que provocam um desequilíbrio no metabolismo da insulina. Na Diabetes tipo 2 existe para além de um défice de insulina, resistência à insulina, pelo que é necessária mais insulina para conseguir controlar os níveis de glicose no sangue. Os principais fatores de risco para a Diabetes Tipo 2 são a obesidade, o sedentarismo e a predisposição genética. Este tipo de Diabetes pode ser prevenido controlando os fatores de risco modificáveis.

Diabetes Gestacional
A Diabetes Gestacional desenvolve-se durante a gravidez e, habitualmente, desaparece quando esta termina. No entanto, muitas destas mulheres poderão vir a desenvolver Diabetes tipo 2 se não foram tomadas tomadas medidas de prevenção.

Existem ainda outros tipos de diabetes que ocorrem com muito menor frequência:

- Diabetes Tipo LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults), frequentemente confundido com a diabetes do tipo 2. 

- Diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) com características de diabetes tipo 2, mas causadas por uma mutação genética que leva a uma alteração da  tolerância à glicose.

- Diabetes Secundária a doenças (Ex: doença de Cushing, acromegalia ou gigantismo, feocromocitoma, glucagenoma, pancreatite crónica, hemocromatose, etc...)


# FACTORES DE RISCO

Modificáveis
·      Hipertensão Arterial
·      Obesidade
·      Sedentarismo
·      Tabagismo

Não Modificáveis
·      Doenças do pâncreas ou doenças endócrinas
·      Historia Familiar
·      Recém-nascido com peso superior a 4kg
·      Sexo e idade: mulheres, idade >45 anos 

# SINTOMAS

Alteracões associadas a níveis aumentados de açúcar no sangue/hiperglicemia.

Na criança e jovem (associada a Tipo 1) 
       Urinar muito
       Ter muita sede 
       Emagrecer rapidamente 
       Fadiga com dores musculares  
       Dores de cabeça, náuseas e vómitos

No adulto (mais associado a Tipo 2):
       Visão turva
       Boca seca
       Transpiração excessiva
       Cansaço
       Palpitações

O DIAGNÓSTICO DE DIABETES DEVE SER RÁPIDO, 
INICIANDO O TRATAMENTO PARA PREVENIR O DESENVOLVIMENTO DE 
“COMA DIABÉTICO” E O PERIGO DE VIDA.


# DIAGNOSTICO

Para além da identificação dos sintomas a diabetes pode ser diagnosticada na presença de glicemias ocasionais >=200 mg/dl com sintomas ou com glicemia em jejum (8 horas) >=126 mg/dl em 2 medições. 

prova de tolerância oral à glicose também pode diagnosticar diabetes, caso a primeira medição seja >= 126mg/dL ou a segunda medição seja >= 200mg/dL ou superior.


Muitas das vezes o diagnóstico é efetuado na presença de complicações associadas ao estado de hiperglicemia (alterações da visão, alterações renais, etc...).

# TRATAMENTO

A Diabetes Tipo 1 requer o tratamento com insulina (insulinoterapia) e requer um controlo da glicemia apertado. A Insulinoterapia é realizada através de injeções por via subcutânea (por baixo da pele) e deve ser ajustada a cada doente, considerando os seus hábitos alimentares e de estilos de vida incluindo prática de exercício físico.

A Diabetes Tipo 2, por norma não requer tratamento com insulina à excepção dos casos não controlados. O tratamento é realizado na maioria dos doentes com recurso a antidiabéticos orais e também requer um controlo da glicemia. Em alguns doentes pode não ser necessário tratamento farmacológico, desde que seja possível controlar o peso, alterar hábitos alimentares e pratica exercício físico regularmente. 


# COMPLICAÇÕES

A Diabetes é uma doença crónica e com o passar do tempo pode provocar o desenvolvimento de complicações em vários órgãos, que surgem muitas vezes de forma silenciosa. O controlo da glicémia, tensão arterial e colesterol aliado a rastreios de visão, função renal etc, permitem reduzir a probabilidade de desenvolvimento das complicações.

As complicações podem ser:
Microvasculares (lesões dos vasos sanguíneos pequenos): retinopatia, nefropatia e neuropatia
- Macrovasculares (lesões dos vasos sanguíneos grandes): doença coronária, doença cerebral, doença arterial dos membros inferiores e hipertensão arterial
- Neuro, macro e microvasculares (incluem alterações de vasos sanguíneos pequenos, grandes e de nervos): pé diabético
Outras complicações: disfunção sexual, infeções etc.

EM CASO DE SUSPEITA DEVE CONSULTAR O SEU MÉDICO

# AUTOR

Hugo Sousa, PhD MD
Virologia, Biologia Molecular, Oncologia

Fontes:
Portal da Diabetes: http://portaldadiabetes.pt
Medscape Reference http://emedicine.medscape.com
Saude CUF: https://www.saudecuf.pt/mais-saude/doencas-a-z/diabetes

Fontes imagens:
Google

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