Analgesia no Trabalho de Parto
ANALGESIA NO TRABALHO DE PARTO... DUVIDAS!
O trabalho de parto está associado a dor intensa, principalmente nas fases mais avançadas, provocada pelas contrações do útero e expulsão do feto. Todas as mulheres em trabalho de parto e com dor podem receber analgesia para alivio da dor de parto. Habitualmente é iniciada analgesia quando as contrações uterinas são mais regulares e fortes, consequentemente mais dolorosas.
Existem várias formas de aliviar a dor associada ao trabalho de parto, nomeadamente analgesia endovenosa, epidural e raquianalgesia. A analgesia endovenosa é normalmente usada apenas em parturientes com contra-indicação para técnica do neuroeixo (epidural ou raqui) e não tem tanta eficácia.
# ANALGESIA EPIDURAL
A analgesia epidural é realizada por um anestesista e consiste na administração de fármacos (anestésicos locais) numa região da coluna vertebral chamada espaço epidural, o que permite a administração de medicação continuamente ou de forma intermitente (em bólus) até ao nascimento do bebé.
Estes fármacos permitem “anestesiar” os nervos responsáveis pela dor, ao mesmo tempo que, possibilitam que a mãe se mantenha calma e colaborante durante o parto.
# É SEGURA?
Com o aperfeiçoamento da técnica e dos fármacos administrados, esta é uma técnica muito segura para a mãe e com riscos praticamente nulos para o bebé. No entanto, existem alguns riscos associados, mas na sua maioria são transitórios e não apresentam risco de vida.
Existem alguns efeitos laterais da epidural, nomeadamente cefaleias, tonturas e dificuldade em urinar que surgem algumas horas ou até 1 semana após a técnica. As dores de cabeça, chamadas cefaleias pós-punção da dura são relativamente comuns e têm características especificas que permitem a Anestesistas diferenciar de uma cefaleia tensional comum. A dor na região lombar no local da picada também é comum mas resolve em 1 a 2 semanas.
O médico Anestesista irá avaliar os riscos associados ao procedimento, verificar a existência de contra-indicações à realização da epidural e tratar as possíveis complicações.
# AUTORES:

Sara Ferreira, MD
Interna Formação Específica em Anestesiologia
Hospital da Senhora da Oliveira - Guimarães EPE
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Imagens: retiradas do google
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